O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) estimado para 2021, em Minas Gerais, é de R$ 110 bilhões. Com base nos dados até maio, o valor representa um aumento de 1,04% frente a 2020, quando o faturamento bruto da produção agrícola e pecuária atingiu o recorde de R$ 109,6 bilhões.

A soja é o grande destaque do VBP mineiro. A oleaginosa superou os resultados do café e apresentou o maior VBP entre os produtos, chegando em torno de R$ 20,13 bilhões, alta de 29,5% frente ao ano anterior.

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a alta registrada no VBP de Minas Gerais é resultado da valorização dos preços de várias commodities e do aumento das produções de importantes itens como a soja e o milho. Esta elevação foi capital para minimizar os impactos negativos da safra menor de café, produto que até o ano passado tinha a maior participação na composição do VBP da agropecuária de Minas.

Conforme os dados do Mapa, em Minas Gerais, o VBP das lavouras foi projetado em R$ 70,4 bilhões, variação positiva de 0,99%. Dentre os produtos, destaque para a soja, que superou o VBP do café e deve atingir um faturamento de R$ 20,13 bilhões, alta de 29,53%. Os preços valorizados e a demanda firme estimularam o plantio no Estado. A safra da oleaginosa pode chegar a um volume recorde de 7 milhões de toneladas, 13,8% superior à safra anterior.

Outro destaque é o milho. O faturamento bruto da cultura está estimado em R$ 11,8 bilhões, incremento de 35,47% frente a 2020. Neste ano-safra, Minas deve colher uma produção de milho 2,2% maior, podendo alcançar 7,68 milhões de toneladas.

Já para o café a tendência é de queda no VBP. A estimativa aponta para uma redução de 24,4% no faturamento, indo a R$ 18,1 bilhões. A queda reflete a menor produção esperada para o ano. Com o clima desfavorável e ano de bienalidade negativa, Minas terá uma produção 32,6% menor e girando em torno de 23,3 milhões de sacas de 60 quilos do grão.

Dentre as espécies, para o café arábica, a tendência é de redução de 24,5% no VBP, que foi estimado em R$ 17,9 bilhões. No café conilon, o VBP projetado para 2021 é de R$ 149,9 milhões, valor 4,47% inferior.

O VBP da cana-de-açúcar deve se manter estável, com pequena variação negativa de 0,34% e um faturamento girando em torno de R$ 9,4 bilhões. O faturamento da produção de feijão foi estimado em R$ 2,8 bilhões, variação negativa de 4,03%. Para a laranja, o VBP de 2021 ficou estimado em R$ 657 milhões, queda de 7,47%.

Pecuária

Assim como nas lavouras, a tendência é de resultados positivos também na atividade pecuária. O Valor Bruto da Produção do segmento foi estimado em R$ 40,4 bilhões, aumento de 1,13% frente a 2020, quando o faturamento bruto alcançou R$ 39,9 bilhões.

Dentre os itens que compõem o setor, o destaque positivo é a produção de bovinos, com faturamento estimado em R$ 13,9 bilhões, alta de 9% frente a 2020.

Para o leite, a previsão é de um VBP de R$ 13,9 bilhões, queda de 5,2% quando comparado com os R$ 14,7 bilhões registrados no ano passado.

Em relação à produção de frangos, é esperado um faturamento 4,8% superior, chegando a R$ 7,3 bilhões.

Em suínos e ovos, a tendência é de queda. No caso dos suínos, o VBP deve alcançar R$ 3,5 bilhões, recuo de 4,4%. Em ovos, a previsão é de um valor 7% menor, com o faturamento estimado em R$ 1,5 bilhão.

Fonte – Diário do Comércio Em: https://diariodocomercio.com.br/agronegocio/faturamento-bruto-do-agronegocio-cresce-1-em-mg
Imagem – Jornal da USP

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