Brasil é líder mundial neste mercado, que promete melhorar a genética dos plantéis de corte e de leite em todo o mundo.

A Fertilização In Vitro (FIV) em bovinos tem revolucionado a pecuária para produtores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A tecnologia ajuda a melhorar a genética dos plantéis de corte e de leite. O Brasil é pioneiro nesta tecnologia e vende embriões para diversos países em todo o mundo.

De acordo com o médico veterinário Matheus Cunha, o processo da FIV começa na escolha a dedo de um macho e uma fêmea para doarem o material genético.

Esse material é levado para um laboratório, onde passa por análise e são escolhidas as melhores células reprodutoras para serem fecundadas. Após a fecundação, o embrião recém-formado é transferido para uma vaca que seja capaz de gestá-lo até o nascimento.

O diferencial desta técnica é que, com a seleção cuidadosa dos animais e das células reprodutoras, os produtores conseguem garantir que apenas as melhores características serão passadas adiante.

Além disso, é possível que uma mesma vaca geneticamente superior gere diversos embriões em um ano e vacas que, por alguma razão, não consigam se reproduzir naturalmente, possam gestar mesmo assim.

“Hoje eu diria que é inadmissível multiplicar um animal comum. Nós temos que multiplicar animais superiores, seja na cadeia do corte ou do leite. Então esse é o nosso objetivo, melhorar a genética no Brasil e no mundo com animais que sejam agregadores em qualquer plantel”, explicou o produtor rural de Uberaba, Plauto Demétrio.

Por isso, o uso dessa tecnologia é indicado para os produtores que queiram melhorar a produtividade dos negócios, seja ele a produção de gado de corte ou de leite. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), Márcio Nery, esta técnica tem se tornado cada vez mais acessível para os produtores brasileiros.

Somente na Zebu Embryo, central e fazenda de fertilização que fica a 20 km de Uberaba, o comércio deste produto é realizado através de um rebanho de mais 300 animais. Apenas uma dose de sêmen bovino é capaz de gerar até 25 embriões, diminuindo os custos do uso da FIV. Além de vender para o mercado interno, a empresa também vende para outros oito países.

No entanto, o presidente da Asbia emitiu um alerta para que os produtores adotem esta técnica com cautela.

“A FIV imprime muita velocidade ao melhoramento genético, afinal será utilizado o melhor do touro e o melhor do lado materno das vacas. E nesse sentido, tem que ser muito escolhido. O rebanho de doadoras é fundamental ser muito bem escolhido para que a FIV realmente seja bem sucedida e haja melhoramento genético”, disse Nery.

Fertilização In Vitro revoluciona pecuária no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba — Foto: TV Integração/Reprodução

Matéria do site G1 – Link oficial Fertilização In Vitro revoluciona pecuária no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba | Triângulo Mineiro | G1 (globo.com)

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